Zeno Debast recorda saída de Amorim: “Foi difícil aceitar”
Zeno Debast, médio adaptado do Sporting, regressou à Bélgica para cumprir compromissos internacionais e, em entrevista ao jornal Het Laatste Nieuws (HLN), falou sobre a sua evolução em Alvalade, a saída de Rúben Amorim e o impacto que o treinador teve na sua carreira. O internacional belga revelou que ainda mantém contacto com o técnico, que rumou ao Manchester United, e destacou a forma como o clube leonino o tem feito crescer dentro e fora de campo.
“Foi difícil aceitar quando soube que ele ia embora. O Hugo Viana também escolheu o Manchester City a meio da época. Foram essas duas pessoas que me vieram buscar ao Anderlecht. Enquanto jovem começas a pensar: ‘Ok, ainda vou ter a minha oportunidade ou tudo vai mudar?’ Mas, no final, correu tudo bem”, referiu.
Debast revelou que o balneário soube reagir bem à mudança técnica, e valoriza o gesto dos antigos treinadores após a conquista do campeonato:
“O grupo lidou bem com a saída de Amorim. Ele enviou-me uma mensagem depois do título, assim como o Emanuel Ferro e o Carlos Fernandes, que foram com ele também. Isso é bom. A escolha que fiz no ano passado revelou-se a correta.”
“O plano do Sporting foi feito à minha medida”
Com a transição para o meio-campo já consolidada, Zeno Debast descreve o ano de estreia no futebol português como transformador a vários níveis, tanto físicos como psicológicos.
“Morei praticamente sozinho no estrangeiro durante um ano. Uma nova língua, um novo grupo, novos colegas de equipa… Sinto que estou mais seguro de mim mesmo. Também em campo. Melhorei defensivamente e, num ano, ganhei seis quilos de massa muscular. O plano de ação do Sporting foi feito à medida para mim. Tudo o que prometeram de antemão, cumpriram.”
Diferenças entre Sporting e Anderlecht
Debast traçou ainda um paralelo entre os dois únicos clubes que representou até agora:
“Acho que é o quadro geral. Há um orçamento um pouco maior, mais pessoas a trabalhar para o clube. O Sporting tem, por exemplo, um nutricionista por jogador. Todos recebem o seu plano individual. Desde janeiro que trabalho com um chef pessoal que vem cozinhar a minha casa quatro a cinco vezes por semana. Ele sabe perfeitamente o que o meu corpo precisa. Também porque não sou muito bom na cozinha [risos]. Esses detalhes tornaram-me melhor.”
O jovem belga, de 20 anos, termina assim a temporada com um saldo claramente positivo, consolidando-se como uma das promessas em ascensão no plantel leonino.